segunda-feira, junho 27, 2005

Livros e suas histórias.

É impressionante como palavras mexem com o meu interior. Palavras escritas então, nem se fala. Gosto muito de ler - embora leia poucos livros ultimamente. Acho que este é um ótimo presente - tenho uma imaginação fértil e me divirto muito mais lendo um bom livro do que ouvindo um cd. (Especialmente se for algum da série "Guia do Mochileiro das Galáxias"!!!)

Assim sendo, criei um hábito saudável (embora um tanto perigoso). Estou trabalhano atualmente num cliente em SP, e na esquina desse cliente tem uma big loja do Extra. Não é propaganda nem nada, mas costumo passar pelo menos uns 30 minutos do meu almoço lá nessa loja, especificamente na seção de livros.

Sempre tem algum aberto - embora eu nunca tenha aberto o lacre de nenhum. Já lí trechos de diversos livros, sou mais atraído por aqueles de romance ou auto-ajuda (livro científico só se for pra ler inteiro!). Captei alguns trechos de "Homens são de marte e mulheres são de vênus" e outros desse tipo também. De vez em quando me atraso do almoço por causa de algum livro (essa é a parte perigosa).

Foi o que aconteceu hoje. Após folhear um livro do Veríssimo e dar algumas risadas, peguei um que me chamou a atenção pela capa, escura e com uma marca de beijo de um batom vermelho. O nome é O Manuscrito de Sônia, escrito por uma autora com o pseudônimo de Mariana Brasil.

Conta a história de uma garota brasileira que viaja para a Itália, e se passa nos anos 70 a 90. Não vou entrar em muitos detalhes, só interessa que ela exercita uma profissão conhecida como a "mais antiga de todas", e mesmo assim vive uma vida normal e cria seus filhos e ama e chora. 30 reais. Tá na minha lista de compras, assim que sobrar alguma verba.

A parte que mais me impressionou foi o final (além de alguns outros pedaços que folheei). Em 3 páginas a autora condensou uma quantidade abissal de sentimento, um exemplo de força de vontade e muito mais coisas que me deixaram com um nó na boca do estômago o restante da tarde inteira.

Bom, sobre o que isto afetou em mim... percebi que, diferente do que eu estava pensando até hoje, certas coisas não morreram em Outubro de 2004 não. Essa palavra é muito mais definitiva do que o que eu queria dizer. Essas coisas mudaram, sim, e hoje não são mais o que eu queria que fossem. Dizer que "morreram" seria, no mínimo, ignorância minha. Passei por um momento difícil, tomei uma decisão difícil, algumas atitudes minhas não foram compreendidas como eu gostaria, mas "a vida continua e se entregar é uma bobaaaaagem".

Por este motivo, fechei o "tessellate". Eu não tinha condições de continuar me expondo se nem eu mesmo sabia o que estava acontecendo comigo. Quem ler os últimos posts de lá vai entender alguma coisa.... e devo confessar que eu gostava BEM MAIS daquele layout! Mas perdi o nome do blog num teste idiota e preferi abrir outro, mais sintonizado comigo hoje. E assim nasceu "o beijo que você deu".

Nossa! Misturei um monte de assuntos nesse post! Alguém entendeu lhufas? rs....

até a próxima...