Louco sentido...
- Como você pode ver - disse Ford -, o sentido disso tudo é que não há sentido em tentar enlouquecer para impedir-se de ficar louco. Você pode muito bem dar-se por vencido e guardar sua sanidade para mais tarde.
- E isto é seu estado de sanidade, não é? - disse Arthur. - Estou perguntando apenas por curiosidade.
Trecho de "A vida, o universo e tudo o mais", terceiro livro da série "O guia do mochileiro das galáxias".
Como vocês podem concluir, a esta altura eu vou dizer que não há sentido em tentar escrever qualquer coisa aqui, uma vez que tal ato não terá qualquer consequência em qualquer nível de consciência (apenas para manter o linguajar culto...).
Eu tava pensando em escrever sobre a individualidade da experiência de viver, ou talvez sobre as benesses e maldições de "escolher a pílula vermelha".
Ou sobre a ridícula existência (e necessidade) de amigos postiços, ou sobre a inexplicável necessidade humana de parecer diferente daquilo que se é (muitas vezes só pra impressionar esses amigos postiços), ou ainda da mais incompreensível necessidade do amigo postiço sorrir na nossa frente e falar mal de nós pelas costas (apenas para se auto-afirmar perante o grupo de amigos postiços!), ou do insensato prazer sentido por pessoas postiças em gozar da desgraça alheia (argh, chega!).
Mas, como nos recomenda o GUIA, não há sentido em nada disso. Vou simplesmente dar-me por vencido e guardar o que há de melhor em mim para mais tarde. Uma vez que (ah, o Guia.. novamente o Guia...) "se o mundo precisar muito de mim, ele virá me chamar".
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