quarta-feira, agosto 03, 2005

Enquanto um dedo aponta...

outros três nos acusam. Ninguém ia falar isso aqui não? Eu sou ótimo pra falar mal dos outros, mas também sou ótimo pra falar mal de mim mesmo.

Na verdade ninguém é perfeito. Eu não tenho a pretensão de ser perfeito - quero apenas ser intenso. Portanto, reconhecedor da minha humilde condição de ser "umano" incompleto e babaca, aceito os outros como são também. Por favor, que meus amigos não tentem ser uma coisa diferente do q são para mim! Máscaras, disfarces, mentiras - atitudes que evito, e que portanto podem me afastar das pessoas que as utilizam.

Se eu já olhei dentro de mim, encarei a minha própria podridão e sobrevivi, porque outra pessoa me julgaria incapaz de lidar com suas verdades também? Não me subestimem ok?

Não, não estou fazendo apologia da "investigação e CPI do que fazes ou deixas de fazer, do passado, futuro e presente". É compreensível e aceitável deixar a "caixa de pandora" bem guardadinha. Recomendável até. Assim como discernir entre o que cabe e o que não cabe ser contado - e pra quem.

Mas, uma vez que exista um compromisso de amizade real, ou de amor, entre duas pessoas, há uma única alternativa para qualquer pergunta que seja proferida: a verdade. A quem pergunta cabe o discernimento de saber que a resposta pode não ser agradável... e a maturidade para lidar com ela. A quem responde, cabe a confiança no sentimento de quem pergunta, e também a maturidade de saber que, ao mentir "em nome do relacionamento", o tal relacionamento já não tem mais nenhuma solidez em suas bases.

Isso tudo falei para esclarecer só uma coisa: os defeitos que vemos nas outras pessoas, só os percebemos porque eles existem em nós também. Ninguém nesse mundo pode virar e acusar outra, sem que isto seja uma acusação contra si mesmo.